Dizem que as bruxas não existem, mas existem e estão no nosso meio. Um tanto disfarçadas, um tanto camufladas, um tanto escancaradas, um tantão chatas, enjoadas e tiazinhas.
As bruxas são aquelas senhoras que não jovens, não casadas, não mães, muito solteiras e soltas se enfiam no núcleo da juventude, se escondem e se acham o máximo pagando de gatinha e tirando onda com geral.
Tenho certeza de que você conhece no mínimo uma dessas bruxas.
Convivo de perto com uma dessas senhoras que certamente tem seu relógio (simancol) congelado na década de 70/80, onde a vida eram mais colorida, disco e bem non-sense. Tudo bem que nasci nessa época, nos anos 80, porém, (risos) não estou nela.
A "mínha" bruxona é uma pequena senhorinha morena (grisalha!!!) de 1,55 metros mais ou menos, um pouco acima do peso, um pouco abaixo na moral, cheia de si (!?!?)
Confesso: tenho pena dela. Consigo ver através de toda aquela pose de doutora, através de toda marra própria das mulheres baixinhas e de toda maquiagem, grande tristeza. Tristeza de quem, apesar de vitoriosa profissionalmente, é fracassada em todo o resto, e o resto é o que importa de fato porque um dia as pessoas se aposentam, e vindo a aposentadoria o que mais ela terá? É, tenho pena dela.
Além da pena não gosto dela. Ser pequeno, de olhos pequenos, pernas curtas e mente... Mente? Que mente?
A vejo desde pequena. Sinto que cresci e ela estacionou, Por que? Porque ela realmente estacionou, está parada em algum lugar do tempo/espaço onde os demais seres não conseguem penetrar.
A vida anda, as pessoas evoluem, mas as bruxas não. As tias são seres congelados, seres frios e sem memória recente que apenas existem para assombrar jovens observadores como eu, que tem pavor (!!!) de se tornarem pessoas como elas. Pessoas? Que pessoas? Pessoas não, bruxas!
A bruxas existem, caríssimos, elas existem! Bruxas existem, tenho pena delas, não gosto delas, as reconheço e disseco, tenho pavor de todas elas e nojo.
Bruxas? Chuta que é macumba! Não quer chutar? Então queimem-nas todas!