sexta-feira, 13 de agosto de 2010

A Pulga


Tom de cinza acobreado
Mancha na areia branca
Destino desenrolado
Em nuvens cinzas no céu.

A flor murchou em silêncio
E o mar secou
Já não sei se fico ou se parto

Já não sei se é verdadeiro o amor.

Movediço é o terreno
Já não vejo firmeza
Hoje olhei com descaso
Suas palavras de ternura.

A mentira tem prazos
Não pedi nada em troca
Apenas que tivesse fidelidade

E verdade de qualquer maneira.

Por um momento acreditei
Que fosse você o Amor
Eternizado em ondas sonoras

Em forma e cor.

Minha voz não vê mais caminho
A não a ser a saída

Perguntei a verdade, e...

Estocada na barriga.

Em tons pastéis me despeço
Daquilo que poderia ser

Acabou-se a confiança

Nada resta

Nem o mortal prazer.

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