quinta-feira, 1 de julho de 2010

É...

Suas palavras vinham a mim como brisa de primavera
Fresca como uma noite de verão
Sua voz me embalava pelas madrugadas
Sempre tocava minha alma, mexia com meu coração.

Toda vez que me dizia amar
Era como se o universo parasse.
Se as deuses romanas te avistassem
Zeus a seus servos mandaria que matasse.

Seu perfume me tomava por inteira
Ninguém mais desejava ter
Seu carinho me completava
Quão doces eram suas maneiras.

Até que a tempestade chegou
E por ela a terra cedeu
Suas mentiras ela desenterrou
E a neve se instalou.

Em meu peito não há lamentos
Somente morte e desencanto
Meus olhos de pesar cairam
Em meus lábios mais nenhum canto.

Perdi o que não tinha
Mas que acreditava ter.
Que cruel foste, criatura
Tão cruel que no amor já não posso crer.