sábado, 26 de fevereiro de 2011

Raiz





No silêncio recolho todas as palavras engasgadas em mim.

Já não falo o que penso, não me expresso, apenas salvo em mim
Aquilo que um dia desejei e que hj sei que devo sim encontrar
Em algum lugar novo e perdido, mas encantado, não mais no local ali ao lado

Mas sim em algum lugar dentro de mim.



Em meu silêncio as palavras ficarão escondidos, todas juntinhas e reunidas
Até quem um dia eu as possa soltar

Até que um dia elas revejam a luz

E reencontrem o sonho juvenil

Até que elas de novo possam brotar, e crescer, em mim.

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Errância




Há muito que guardo as palavras em mim com medo de que elas saiam e me preguem peças dramáticas além do real drama que passo. Já não vejo calendários lendários, manhãs ensolaradas ou passeios em jardins. Clic!


E no desejo de ir além persegui o intocável, vislumbrei o pote no fim do arco-íris, quis mais do que tinha ali. Me esforcei, ouvi, aguentei, viajei, falei menos do que devia e nadei. Clic!

Inúmeros porques e não seis e serás, e nãos entram e saem da minha cabeça. O caminho se tornou estreito e espinhoso, doloroso e cansativo e penoso e escuro para os meus, meu corpo, minha mente cansada. Que tipo de luta é essa? Clic!

Melhor de 3 e ponto final. Meu cavaleiro pressente a errância, observa uma vida inteira, e entre montanhas e vales ele se vê e sente que se virar a esquerda um novo rumo terá que escolher.

O cavaleiro está cansado, ele só desejou descansar no meio do jardim do oásis daquele imenso deserto que encontrou em seu caminho e enfrentou para vitória lograr.


Clic!


Se o oásis foi só miragem o que do cavaleiro será?