sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011
Errância
Há muito que guardo as palavras em mim com medo de que elas saiam e me preguem peças dramáticas além do real drama que passo. Já não vejo calendários lendários, manhãs ensolaradas ou passeios em jardins. Clic!
E no desejo de ir além persegui o intocável, vislumbrei o pote no fim do arco-íris, quis mais do que tinha ali. Me esforcei, ouvi, aguentei, viajei, falei menos do que devia e nadei. Clic!
Inúmeros porques e não seis e serás, e nãos entram e saem da minha cabeça. O caminho se tornou estreito e espinhoso, doloroso e cansativo e penoso e escuro para os meus, meu corpo, minha mente cansada. Que tipo de luta é essa? Clic!
Melhor de 3 e ponto final. Meu cavaleiro pressente a errância, observa uma vida inteira, e entre montanhas e vales ele se vê e sente que se virar a esquerda um novo rumo terá que escolher.
O cavaleiro está cansado, ele só desejou descansar no meio do jardim do oásis daquele imenso deserto que encontrou em seu caminho e enfrentou para vitória lograr.
Clic!
Se o oásis foi só miragem o que do cavaleiro será?
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