quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Agradecida

Muito obrigada por, em uma só frase, me devastar.

Agradeço também a insensibilidade

E tamanha rispidez com que me veio falar.

É fato agora marcado em minha memória,

É atitude que não mais verei.

Agradecida verdadeiramente estou.

Mais uma página a virar.


É essa a parada!

Cansei, calei, saí, voltei.
Dormi, sonhei, comi, bebi.
Conversei, falei, perguntei, esperei.
Me irritei e é essa a parada que dei.

Cansava, calava, saía, voltava.
Dormia, sonhava, comia, bebia.
Conversava, falava, perguntava, esperava.
Me irritei e essa foi a parada que dei.

Canso, calo, saio, volto.
Durmo, sonho, como, bebo.
Converso, falo, pergunto, espero.
Me irritei e é essa a parada que dei.

Mas já não quero me cansar mais - desgasta
Embora meu calar seja mais e mais presente - me afasta
E se sair deixarei meu coração - numa caixa
E voltando lavo minhas mãos - dei um basta.

Durmo, mas recebo sempre a visita da insônia - companheira
Sonho, e mesmo só realizo - guerreira
Como, mas parei de engolir - abolindo a canseira
Bebo, e mesmo assim sinto sede - não tô aqui de bobeira.

Conversei e não fui levada a sério.
Falei e não fui compreendida.
Perguntei e fui tomada como maluca.
Espero. Vou curando minha nova ferida.

Hoje boto meus cavalos na estrada,
Armo meus cavaleiros.
Minhas asas sacudo,
Ganhar o mundo, abaixar a poeira.

sábado, 6 de agosto de 2011

SMS

" Vc me surpreende, não imaginava que fosse tão fria. Tratar a mágoa que causou como ultraje!? Mas quando pedimos desculpas reconhecemos alguma ação errada. Não sei como estamos e nem se há motivo para tanto... Quero entender para me colocar no meu antigo ou novo lugar."


4 vezes antes me feriu com golpes mortais
4 vezes antes mostrei que deveria ser diferente
4 vezes antes me magoou,
Mas o erro é meu, só meu.

Deveria ter aceitado tudo que veio sem reclamar?
Deveria ter feito tudo sem discutir?
Deveria ter relevado e aceitado seu modo "livre" de vida?
O erro é meu, só meu e meu.

Sou um segredo grande demais para esconder,
Segredo com voz ativa e altiva,
Grande demais para ser colocado numa caixa.
Erro meu. Mais um erro meu.

Se não deseja ficar, por favor vá embora, pois estou cansada demais de vãs promessas e juras, de sonhos assassinados e falsas falas. Meu coração é frágil, não merece isso. Meu erro.

Pedir desculpas é ação de humildade
Pedir desculpas é dar o próximo passo,
Pedir desculpas é querer que o presente se torne passado,
Erro meu em pedir desculpas também.

Minha frieza fala quando minha alma é ferida.
Minha frieza fala quando minha cabeça já não aguenta mais,
Minha frieza fala quando meu coração é mal tratado.
Erro meu.

O lugar onde quer estar é seu
Cabe a você e não a mim decidir
Não serei eu a escolher esse passo do seu caminho,
E me perdoe novamente se erro.



Calma aí!

Silêncio!

Cala-te e observa o mundo de fora
Pois não é hora de falar.
Quando o silêncio for por demasiado pesado
É momento do calmante se mostrar.

Silêncio aí dentro!

Cala-te e observa calada
Tua hora de expor ainda não é chegada
Teus sentimentos aqui não valem nada
Enxuga tuas lágrimas pois é hora de se recompor.

Silêncio!

Cala-te e observa apenas
Tua alma é para ti, temas
Pois momento propício jamais há de chegar
Em que abras tua boca e a compreensão se fará.

Silêncio agora!

Cala-te somente
E sê eternamente paciente
Calma com uma pluma que cai, como o som que sai na hora do estouro do espumante
Sê como um calmante.

Silêncio!

Cala-te!

A pílula fala...
A dor se instala.
O torpor se aproxima...
A solidão é prima.

Silêncio!

Cala-te eternamente!

A inconsciência consciente...
A lágrima constante.
O desligar-se do mundo...
O agito surdo.

Silêncio!

Cala-te!

Sempre...