Não sei ao certo o que vim dizer, mas sei sobre o que não quero falar. Não quero que minhas palavras soem como um bumbo num momento de oração, como uma bomba em uma cidade que dorme, como uma sirene indicando início de guerra. Quero soar como uma brisa fresca no deserto, como um cobertor no inverno, como um sorvete no verão.
Não sei ao certo o que sinto, mas sei o que não sinto, o que não há em mim. Em mim não há rancor ou agonia, não há insônia ou apatia, não há fome ou dor. Guardo aqui dentro alegria, irradio alegria e calor, sou toda ouvidos e amor.
É bem certo que espero coisas do mundo apesar de não esperar nada de ninguém. E mais certo ainda que dou sem a espera de receber, alimento sem ter uma fonte na qual me alimentar.
Amo sem ver, sinto sem tocar, conheço sem saber, desejo sem me conter. E tudo o que falo eu posso, e tudo o que posso eu quero, e tudo o que quero eu busco, e tudo o que busco tem nome. Nome esse que é comprido e imponente, que alonga e tira o ar da gente, que toma minha mente e controla minhas emoções e comanda. É tudo o que sei.
Mil flores para você.
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