segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Hoje...


... Minhas palavras faltam. Acho que foram para o mais afastado dos cantinhos do meu corpo. A falta de pensamentos em mim é mais raro do que a aparição de OVNIs: simplesmente não ocorre.

Hoje o dia está própria pra apagar minha existência do mundo por algumas horas. Meus olhos, cabeça, garganta e pescoço doem, fui bruscamente acordada no fim da madrugada com aspereza, o sol começa a arder no céu, a encheção de saco chega pela boca materna, entre outros fatores que não exporei aqui, me fazem querer ir pra dentro do meu inconsciente, ou seja, dormir.

Hoje seria um delicioso dia pra fugir. Pra onde? Pra qualquer lugar! Hoje até ir pra Gaza seria válido.

Hoje a anestesia que me acompanha é tão grande e forte que nem Sansão nem Davi seriam capazes de derrotá-la.

Hoje nem a mais engraçada das pessoas me tira um sorriso. A falta de cor em meu rosto vem atrelada ao meu enjoo crescente. Se bem que acho que as paredes azuladas e o teto verde do meu quarto ajudam.

Hoje eu queria estar no meio de braços, como um laço, num abraço tão caloroso que transformaria todo meu dia, e minha letargia em energia, minha melancolia em alegria, mas não vai dar porque onte, coloquei minhas palavras no papel e sinto que magoei o dono dos mágicos braços. Ser´q ue por isso elas fogem?

Hoje, se possível fosse, inventaria uma máquina do tempo a fim de ficar na confortável companhia de minha avó, mas também não vai dar. O tempo mora nas mãos de Deus e eu não sei qual rota, condução ou meio de transporte pra chegar até o céu e voltar.

Hoje meus movimentos estão como o trânsito de Sâo Paulo, tais como um idoso de muletas, uma criança que ensaia seus primeiros passos, tais como nuvens no céu.

Hoje eu não sou eu. Quem sou então?

Hoje eu não sei.

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