domingo, 12 de setembro de 2010

E aí...


... Você para e se depara com a solidão. Percebe que o mundo já não é como era antigamente e que antigos planos e metas precisam ser resgatados, ou ainda renovados.
E aí você olha a realidade e sente falta de quem nunca teve, ou de quem tem ser nunca ter tido, ou ainda de quem teve sem ter tido e já não tem por essa ou aquela razão.

E aí você percebe que muito é ilusão própria, que a vontade de ter aquilo que sempre quis foi maior a ponto de mascarar, encobrir e sustentar algo que só em sua mente existia. E você percebe que mentia para si mesma. E percebe que seu mini-mundo é mudo.

E aí você respira e sente o cheiro da fumaça de cigarros que você não fumou, de perfumes que não são seus, e ouve o zumbido de sons que não produziu.
E aí você percebe que o mundo lá fora não vive a se enganar à toa, mas sim porque as pessoas estão vazias e tentam de qualquer forma preencher o espaço que nelas existe. E quem sou para julgar se fazem certo ou errado? Também me sinto vazia agora.

E aí sinto falta.
E aí me deixo entristecer.
E aí as pequenas coisas me abatem...

...
E aí os fantasmas do passado se sentem mais fortes porque percebem o vazio e o espaço crescendo e se valem disso para reviverem.
E aí resgato coisas que há algum tempo havia deixado para trás.

E aí decido levantar novas fortalezas em torno da muralha.

E aí decido levantar acampamento...

...
Tempo de deixar a terra secar e esperar pelo tempo certo de preparar o novo grão a ser plantado.

Nenhum comentário:

Postar um comentário